sábado, 7 de agosto de 2010

Tecnicas de reprodução humana assistida

A reprodução assistida podem ser divididas em dois grupos:

 In Vivo: aquelas em que o encontro dos espermatozóides com os oócitos ocorre dentro das tubas uterinas (inseminação artificial e coito programado). Nestas duas situações, a fecundação ou fertilização dos oócitos ocorre no corpo da mulher, portanto, in vivo;

In Vitro: técnicas em que o encontro dos oócitos com os espermatozóides ocorrerá dentro do laboratório, numa pequena placa com meio de cultura apropriado

* Inseminação Artificial (Inseminação Intra-Uterina):

Dentre as técnicas de reprodução assistida, a Inseminação Intra-uterina pode ser considerada a mais simples e a mais próxima do processo natural. Todavia, para o casal receber esta forma de tratamento, a mulher deve apresentar tubas íntegras (avaliadas pela histerossalpingografia ) o tratamento começa com a estimulação controlada dos ovários, essa estimulação pode ser feita de diversas maneiras, com medicamentos administrados por via oral, via intra-muscular ou sub-cutânea. Podem ser iniciados no 2º dia da menstruação e se estender por 5 a 15 dias, de acordo com o esquema utilizado. Durante todo esse período, o crescimento dos folículos ovarianos é acompanhado cuidadosamente através da ultra-sonografia pélvica endovaginal. Normalmente, espera-se um crescimento de 2 a 5 folículos durante esse período. Quando pelo menos um dos folículos ovarianos atingir 18 milímetros ou mais de diâmetro, administra-se o hCG para completar o amadurecimento dos oócitos e induzir a ovulação, os espermatozóides serão transferidos diretamente para o interior do útero da paciente. Com a pressão empregada durante a transferência e a oclusão da saída do colo uterino, espera-se que os espermatozóides penetrem nas tubas uterinas e atinjam o local da fertilização. O embrião ou embriões formados serão transportados pela tuba até a cavidade uterina onde ocorrerá a implantação e o desenvolvimento da gravidez. A taxa média de gravidez por ciclo de inseminação artificial é de 20 a 30%.


* Fertilização In-vitro (FIV):

A fertilização in vitro, com a transferência de embriões, na espécie humana, surgiu em 1978, na Inglaterra. Deste enorme avanço, nasceu a primeira criança que foi fertilizada in vitro, cujo nome é Louise Brown .

A fertilização in vitro encontra na doença tubária sua principal indicação
A doença tubária, ou seja, anexites crônicas, decorrentes de doenças sexualmente transmissíveis (DST), quase sempre adquiridas numa fase jovem da vida, são responsáveis praticamente por 25% dos casos de infertilidade conjugal. Por muito tempo, procurou-se recuperar estas tubas através de procedimentos cirúrgicos sem sucesso. Posteriormente, a fertilização in vitro passou a ser indicada em outras condições clínicas (endometriose, infertilidade sem causa aparente).


Limitações Femininas:

A mulher deve apresentar boa reserva ovariana, fato este que acompanha a sua idade; quanto mais jovem maior a reserva ovariana. Por outro lado, a reserva ovariana é um reflexo biológico da idade do complexo folículo-oócito, que pode ser avaliada medindo-se o FSH e estradiol no sangue periférico no 3o dia da menstruação. Um valor elevado de FSH (> 20 mUI/mL) representa uma capacidade ovariana diminuída. De modo geral, a reserva ovariana é relativamente boa até 37 anos, a partir deste ponto apresenta uma queda no seu potencial de fertilidade.

Um outro aspecto muito importante neste programa é a integridade da cavidade uterina. Ela pode ser verificada por 3 métodos de imagem:
Histerossalpingografia (HSG) : exame radiológico realizado entre o 8º e 12º dia do ciclo, constitui um excelente recurso diagnóstico. A HSG muitas vezes por si só, é suficiente para a avaliação da cavidade uterina.
Ultra-sonografia: realizada no período peri-ovulatório, quando o desenvolvimento do endométrio é máximo e não houve ainda a ação da progesterona, este exame permite uma boa delineação das estruturas uterinas, tanto da cavidade endometrial quanto da própria textura do útero.
Histeroscopia: exame um pouco mais invasivo, às vezes exige sedação, também oferece grande oportunidade de se conhecer o interior da cavidade uterina.
Esses exames permitem fazer diagnósticos de: pólipos, miomas e aderências intra-uterinas; malformações uterinas como útero bicorno, unicorno; falhas de enchimento da cavidade uterina.
Videolaparoscopia: não constitui exatamente um exame, pois é um procedimento cirúrgico efetuado sob anestesia geral e que consiste em se realizar duas (ou três) perfurações pequenas no abdômen, por onde introduzimos uma câmera de vídeo e instrumentos cirúrgicos.
Também não avalia a cavidade uterina, mas mostra o lado externo do útero e a pelve (cavidade na qual se localizam o útero, tubas e ovários). É o exame principal para avaliarmos a pelve.
Tem suas principais indicações nas pacientes com endometriose, infertilidade sem causa aparente, retirada de cistos ovarianos (ooforoplastia), correção de hidrossalpinge (salpingectomia ou salpingostomia), retirada de miomas entre outras.

Informações retiradas do site
http://www.bebedeproveta.net/

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