domingo, 27 de março de 2011

Gerar, Amar, Cuidar...

Lindo bebe dormindo

"Ser mãe é saber que podemos oferecer ao mundo um pouco de nós, e nos entregarmos de corpo e alma a criação de um novo ser"
Gerar, amar e cuidar, é o gesto mais precioso que somente um ser chamado mãe pode fazer.
Se integrando totalmente a um sonho cujo o qual se torna a mais pura das realidades.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Materia da revista pais e filhos!!

Minhas duas mães

MÃE SÓ TEM UMA? NEM SEMPRE. CADA VEZ MAIS, CASAIS DE MULHERES DECIDEM TER FILHOS, SEJA POR MEIO DE ADOÇÃO OU INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL. A NOTÍCIA É QUE NOVOS ESTUDOS MOSTRAM QUE SER CRIADO POR DUAS MULHERES É BOM PARA AS CRIANÇAS

POR MARIANA SETUBAL, FILHA DE CIDINHA E PAULO
As crianças estão bem. Essa é a tradução literal do título do filme “The kids are all right” ou “Minhas mães e meu pai”, como foi chamado por aqui. A história da família formada por duas mães e seus filhos Joni e Laser, concebidos por inseminação artificial, mostra isso: que fica tudo bem – mesmo sem um pai por perto.
Entre 8 milhões e 10 milhões de crianças crescem em famílias homoafetivas nos EUA, com dois pais ou duas mães, segundo o Child Welfare Information Gateway.
Essas crianças podem ter sido geradas por um casal heterossexual que se separou e depois foram criadas  pela mãe e sua namorada (ou pai e namorado) ou ter sido fruto de uma inseminação ou adoção planejadas pelo casal homossexual. No Brasil, por enquanto, não há estatísticas sobre essas novas famílias. Em 2010, pela primeira vez o Censo coletou dados sobre os casais homoafetivos, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Uma pesquisa do Datafolha feita no ano passado mostrou que 39% das pessoas já são favoráveis à adoção por homossexuais, enquanto 51% são contra. A tendência é que o grau de aprovação aumente com o tempo, já que entre os mais jovens, entre 16 e 24 anos, a prática é apoiada por 58%, enquanto que entre os que têm 60 anos ou mais, por apenas 19%. Quanto maior a escolaridade, menor o preconceito também. Assim como, logo que o divórcio foi aprovado, em 1977, a preocupação com o futuro das crianças de pais separados era grande, o mesmo acontece com os filhos de duas mães ou dois pais. Mas, assim como é melhor ter pais separados do que viver numa casa em que o conflito e as agressões entre os pais são constantes, pode ser bom ter duas mães.

Um estudo publicado em julho do ano passado no periódico médico Pediatrics mostrou que filhos de mães lésbicas têm mais autoestima e confiança, além de terem melhor desempenho na escola e menos probabilidade de ter problemas comportamentais, como agressividade.

Não está muito claro o motivo dessas diferenças, mas a pesquisadora Gartrell tem uma teoria: as mães homossexuais são muito envolvidas na vida dos filhos. Ser presente, ter uma boa comunicação e estar informada sobre os eventos escolares são alguns dos ingredientes para formar uma criança saudável, lembra a pesquisadora.

Apesar desse envolvimento não ser exclusividade das mães lésbicas, Gartrell mostra que, para elas, isso é uma prioridade. Como seus filhos estão mais vulneráveis ao preconceito, essas mães têm mais facilidade em abordar tópicos complicados, como sexualidade, diversidade e tolerância. Essa base pode dar às crianças mais confiança e maturidade para lidar com diferenças sociais e preconceitos conforme ficam mais velhas.
Em janeiro deste ano, duas mulheres conseguiram na Justiça brasileira o direito de aparecer como mães na certidão de nascimento de seus filhos gêmeos, Ana Luiza e Eduardo, que já tinham 1 ano e 8 meses na época. Os gêmeos são filhos de Munira e Adriana e foram gerados por inseminação artificial no útero da Adriana com os óvulos de Munira. Alguns casais já conseguiram certidões como duas mães ou dois pais ao adotar uma criança.

Como a legislação ainda é omissa em relação à adoção por casais homoafetivos, os casos são analisados individualmente e depende do juiz conceder ou não a adoção. O mais comum é adotar primeiro em nome de uma das mães e, depois, fazer o pedido para a outra também entrar no registro como mãe. O primeiro caso de adoção por duas mães aconteceu em abril do ano passado, na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. Em relação à inseminação artificial, o Conselho Federal de Medicina divulgou novas regras em janeiro deste ano, possibilitando às pessoas solteiras e homossexuais também recorrer ao método para ter filhos.
Nos EUA, alguns grupos se referem a essas famílias como “intencionais” ou planejadas, em oposição a famílias cujos filhos nasceram de uniões heterossexuais e agora são criados por dois pais ou duas mães, mas nem todo mundo gosta desse termo. “Se eles são intencionais, eu sou o quê?”, disse uma menina de 13 anos para a escritora Abigail Garner, autora do livro (e agora site) Families Like Mine: Children of Gay Parents Tell It Like It Is” (Famílias como a Minha: filhos de Pais Gays Contam Como é). O pai de Abigail contou para ela que era gay quando ela tinha 5 anos.

Em seu site, Abigail conta que sofreu durante a adolescência principalmente por causa do preconceito da sociedade. “Não é fácil crescer ouvindo todo dia dos meios de comunicação, líderes políticos, professores e vizinhos que pessoas gays são más, pecadoras ou erradas. Quando falam dos gays assim, eles ofendem a mim e a meu pai e seu parceiro, dois homens que eu amo e respeito.”

Em alguns países, estimular a convivência com as diferenças, incluindo famílias homoafetivas, é política pública. A antropóloga Érica Renata de Souza apontou, em sua tese de doutorado intitulada “Necessidade de filhos: maternidade, família e (homo)sexualidade”, feita em 2002, que as escolas públicas de Toronto, no Canadá, têm programas contra a homofobia desde a primeira série do ensino fundamental. Isso já acontecia no Canadá há quase uma década. Por aqui, as escolas pouco ou nada falam sobre o assunto. Os livros infantis traduzidos para o português ou escritos por autores brasileiros também são escassos. Há algumas publicações sobre crianças com dois pais, mas praticamente nada a respeito de duas mães.

Aos poucos, vamos caminhando. O filme “Minhas mães e meu pai” foi recebido numa boa, ajudando a dar mais visibilidade ao tema.
“Tem mais visibilidade, mas isso não significa mais aceitação”, afirma a antropóloga Érica de Souza. É verdade. Foram poucas as mulheres que quiseram revelar seus nomes e rostos à Pais & Filhos. A maioria delas preferiu não se expor. Talvez por causa de seu instinto materno (em dobro) de querer proteger os filhos.
Duas mães, nenhum pai
Tem de  haver uma mãe e um pai, mesmo num casal homossexual? Não necessariamente. “Não tem pai. É mãe e mãe. As duas desempenham o papel de mãe”, afirma Munira. “Acho demagogia falar que uma família é composta por pai, mãe e filho”, acredita.
Na casa de Vanessa e Patrícia, mães de Davi, de 2 anos, também há duas mães – e ambas tiveram licença-maternidade na época da adoção. Uma é a “mamãe” e a outra é a “mama”.

Mesmo sendo mães, elas cumprem funções diferentes. “Eu cuido quando ele fica doente, e a Patrícia fica mais com a parte da diversão”, conta Vanessa. “Sou contra chamar uma das mães de pai. A gente luta muito pelos direitos da mulher. Fazer isso é machismo”, garante Yone Lindgren, vice-presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), mãe de Janaína, Rafaela e Wagner, que foi assassinado há três anos (suspeita-se de um crime de homofobia).
E o tal do exemplo masculino? “Freud descrevia que é necessário que toda criança tenha convivência com o pai e com a mãe. Aí os anos foram passando e a gente passou a ter mães solteiras, casais divorciados, e os filhos eram maravilhosos.

Desenvolviam-se bem”, diz a psicopedagoga Claudia, que é homossexual e mãe de Vitor, mas não quis revelar seu nome verdadeiro. “O pai representava o que trabalhava fora, dava a regra, o limite. A mãe ficava em casa. A mãe era a emoção, e o pai, a regra”, completa. Na opinião dela, não precisa de duas pessoas para cumprir esse papel. Uma mulher sozinha pode dar limites, regras e ser afetuosa. Um homem também. E um casal homossexual também.

Referenciais masculinos não faltam no mundo. Tem os tios, primos, amigos, professores... “A gente não vive num universo só de mulheres, as crianças lidam com ‘n’ homens na vida”, diz Yone.

Além disso, o pai presente é uma conquista recente. Até alguns anos atrás, quase não havia a presença masculina em casa, porque eles saíam cedo e voltavam tarde do trabalho.

E não é pela falta de um homem em casa que o filho vai se tornar gay. “O menino, se não tiver uma tendência para a homossexualidade, vai encontrar modelos para se identificar e para formar a sua identidade”, explica a psicoterapeuta Alina Purvinis, mãe de Larissa, Letícia e Liana. Filhos de mães lésbicas têm a mesma probabilidade de se tornarem gays que qualquer outra criança.

Crianças felizes

“Os filhos de casais homossexuais são crianças que respeitam mais aquilo que é diferente. Não vão olhar torto para um cadeirante na rua, não vão desrespeitar uma criança com necessidades especiais. Não colocam rótulos”, acredita a psicopedagoga Claudia.
A  psicóloga Lídia Aratangy, mãe de Claudia, Silvia, Ucha e Sergio, brinca: “Já pensou duas mães em cima delas?”, mas complementa, falando sério: “Duas mães é melhor que uma mãe sozinha sem pai”, acredita.
Numa cena do seriado Friends, em que Carol, namorada de Susan, vai ter um filho de Ross, o ex-marido de quem engravidou e de quem se separou ao se descobrir lésbica, surgem várias brigas entre o pai e a namorada da mãe. Susan reclama: “Você é o pai da criança! Quem sou eu? Tem dia das mães, dia dos pais... Não tem Dia da Amante Lésbica”. E Phoebe entra na conversa: “Quando eu era criança, meu pai saiu de casa, minha mãe morreu, meu padrasto foi preso. Nunca pude juntar os pedaços para ter um pai por inteiro. E essa criança tem três pais que ligam tanto para ela que estão brigando para ver quem pode amá-la mais. E ela nem nasceu. É a criança mais sortuda do mundo”.

Países que permitem a união civil de homossexuais
- África do Sul
- Argentina
- Bélgica
- Canadá
- Espanha
- Holanda
- Islândia
- Noruega
- Portugal
- Suécia
Países que permitem a adoção por homossexuais
- África do Sul
- Alemanha
- Argentina
- Austrália
- Bélgica
- Canadá
- Dinamarca
- Espanha
- Estados Unidos
- Holanda
- Inglaterra
- Islândia
- Israel
- Noruega
- País de Gales
- Suécia
- Uruguai
Consultoria
Alina Purvinis, mãe de Larissa, Letícia e Liana, é Gestalt psicoterapeuta, Tel.: (019) 3251-1200, www.nucleogestalt.com.br 
Claudia Messias Gomes, filha de Áurea e Dalton, é médica da Clínica Huntington.
www.huntington.com.br 
Érica Renata de Souza, filha de Josane e Renato, é professora de antropologia da UFMG, com doutorado em ciências sociais pela Unicamp, com pesquisa financiada pela Fapesp 
Lídia Aratangy, mãe de Claudia, Silvia, Ucha e Sérgio, é psicóloga 
Sylvia Maria Mendonça do Amaral, mãe de Victor, é advogada especializada em direito homoafetivo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Casamento!!!

Eis que aqui estou, novamente escrevendo sobre a experiência do casamento!
Foi vibrante, eu tremi igual vara verde, na semana antes do casamento eu senti enjôo , peso na cabeça, dor de barriga, e outros vários sintomas.
No dia do casamento, SIC ( segundo informação colhidas), eu não sabia quem eu era e o que eu estava fazendo,  quando me perguntavam as coisas eu só ficava olhando!
Minha prima ficou tentando me maquiar, e os meus olhos tremiam.
Meu vestido ficou o tempo todo torno, e ninguém viu isso!!!!!!!!!!
Só no fim da festa foi que alguém me puxou pela roupa e o vestido ficou totalmente no lugar.
Não comi nada durante a festa, não senti fome, e olha que eu sou a maior draga do mundo.
Nunca pensei que eu ficaria desta forma, nunca pensei que eu iria sentir tanto medo!!!
Durante todo o planejamento da cerimônia contei com a ajuda de uma grande amiga, a Dani, ela foi maravilhosa, e nos dias que eu estava quase surtando ela me ajudou, me dando palavras de conforto.
Foi um grande dia, o nervosismo e a emoção tomaram conta de mim, e posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida.
Adoro estar entre amigos, e neste dia eles estavam lá!!
Amei!
As fotos estão chegando!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011